quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Do orgulho...




Não há saudade mais triste do que aquela que mora escondida no orgulho...
Aquela saudade que a gente não deixa dar o braço a torcer.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Outro olhar...



Ela é meio Alice, meio no seu mundo louco...
Ela sou eu, mais do que eu poderia ser,
Por não saber me alcançar.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Horas perdidas...



Por querer me apaixonar
Criei oportunidades infundadas,
No oco de corações vazios...

Pra tentar me perdoar da frieza
Que achei que tinha a carregar comigo,
Na falta de gostar dos outros...

Ao me ver sozinha abracei fantasmas...
Me deleitei em um conforto tão falso,
Quanto os sentimentos que me enganavam...

Só pra dizer a mim mesma
Que esse coração ainda pulsa,
Mesmo errando demais...

Esse coração ainda pulsa, descompassado... 
Tanto quanto meus casos, casos errados,
Tanto quanto eu, lutando para acreditar.

Deixa o amor pra lá, ele que me ache.
Já não lhe procuro nos olhos dos outros,
Já não me engano pra matar a espera.




segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Corda bamba




Nunca quis pensar demais, a dúvida sempre me amedrontou.
Meu medo é quase nada, diante da realidade do hoje...
Mas sempre temi o antes, no logo adiante me asseguro.

Eu sofro por antecipação, cambaleando no topo da insegura,
Mas me equilibro na confiança, que tenho comigo mesma...
E apesar de toda essa bagunça, eu piso firme com ar de quem sabe.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Viagem II




Viagem boa é aquela em que eu coloco o livro na mala,
E não consigo ler uma só página...

Afogando as agonias dos dias passados, nos risos exagerados,
 Das amizades que acalmam o peito.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Vícios...



Vícios são delícias, e às vezes destrutivas.
Vícios são carinhos na falta de vergonha,
É insistência e teimosia, é rebeldia aflita 
E mimo de quem não liga...

Ser ciente de que às vezes o errado,
Nem sempre é tão errado quanto aparenta ser. 
E em outras, o certo é sem graça ao ponto,
Que se torna errado gostar do que deveria...

Vícios são muros que a gente cria...
Pra se escorar na hora em que o resto cai.
Vícios são necessários pra escapar do tédio,
Válvula com apelido de mania.

São pequenos gestos que seguram a coragem do fazer de novo, 
Sem ligar pro medo da repetição, de perder o tempo com o mesmo feito...
A mania é feia, só quando faz mal.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Respiro...



Vou lhe dar a paz da qual precisamos,
Pra achar a calma nesses desenganos...
Nesse turbilhão em que nós entramos,
Não tem tido tempo pra pensar em tudo,
Que desassossega o nosso descompasso...

Vou lhe dar espaço no pesar das horas,
Pois também preciso desse entendimento.
E apesar do nosso texto ser bem parecido, 
É nesse parágrafo que a gente para, 
Pra escrever sozinho, o que não continua.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Barulho macio...



Existe no meu cansaço, uma paz quase que confortável...
O barulho nesse vazio, é a música do meu silêncio.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Conselhos...




O mundo não para pra ouvir suas lamentações... 
Sorria, pelo seu próprio bem...

É tudo tão fugaz, olhe!
O tempo não lhe espera, corra!

Quando o agora virar depois, 
O amanhã pode ser tarde.

ACORDE!

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Quarto e sala...



Os metros quadrados crescem a cada minuto,
Eu passo pelos dois cômodos andando pela saudade.
Na cozinha mastigo a ânsia que é o tempo, 
E lamento a forma que não pode ser...

Pela sala me entrego ao tédio de assistir tua ausência,
No banheiro lavo a calma, quem sabe ela não se renova...
Reviro pelo lado errado da cama, me perco na solidão,
Procurando seu cheiro que foge...

Me enrosco na carência das lembranças de ontem,
Como se pudesse suprir o amanhã, até teu retorno...
Eu tento me fazer de forte, fingindo me virar sozinha.
Mas me diminuo nos cantos da pequena casa,
 Em que o vazio cresce.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Dia!



Aquele trecho no caminho de volta pra casa, que faz carinho na alma! 
Das coisas que não perdem graça, o amanhecer continua sendo meu predileto.

domingo, 10 de novembro de 2013

Dança...



Sou amante da solidão...
Não pela melancolia de estar só,
Mas pelo convívio carinhoso comigo mesma.
Aquietar em um canto onde eu possa me ver liberta,
Não me afetar pelo olhar do outro, e dançar pelos meus espaços.

sábado, 9 de novembro de 2013

Do que falta...




Me faltava lugar longe de casa,
Me faltava cansaço de verdade,
Me faltava abraço de amigo
E beijo de namorado...

Me faltava vontade de correr atrás,
Me faltava problema com solução,
Me faltava ver tanta coisa,
E me faltava tato pra achar...

Me faltava andar sem destino,
Viajar sem data de retorno...
Tomar banho de chuva, de mar e de amor.
Me lavar dessas mágoas passadas...

Me faltava falar sozinha em alto e bom som...
Pra poder me escutar, pra poder entender,
Pra poder me achar no meio desses meus silêncios.
Que só eu sei ouvir...

Me faltava sair do meio termo,
Cair do muro alto que é a indecisão...
Me faltava porto seguro,
E me faltava sair do chão...

Me faltava tanta coisa e ainda falta.
Dessas tantas que citei, nem metade consegui...
Comecei pelo querer, mas coragem não me falta,
Me faltava.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Vontades...




Quero ser arrastada por ventos de benquerer...
Pois não sossego até que minha vontade de ser feliz,
Se torne algo ainda maior que a realidade.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Máscaras...




Ainda me assusto com as caras e bocas que a falsidade faz...
Com o tempo a verdade vai derrubando as máscaras, 
Mas ainda não me acostumei com certas coisas,
Mesmo estando calejada pelos tapas que a gente leva...

Ainda me assusto com as deformidades de conduta,
Com o excesso de disputas entre aqueles que se julgam amigos.
Eu me perco na desconfiança, pela falta de esperança,
De ver em você, o que quero pra mim...

Ainda me assusto em me assustar com isso...
Nessa guerra onde ninguém ganha,
Já é comum os tapas que a espera traz,
O tempo perdido com o outro, e a decepção.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Recaídas...






A onde enfio esse amontoado de desculpas,
Que preciso lhe entregar com urgência?
Sem tempo de embrulhar pra presente,
Ou preparar palavras certas...

Perdões que pulam da culpa, caindo em nossos erros,
Pois vivemos em um mundo de complicações...
Lá fora tudo a nos condenar, aqui dentro a cena não muda.
Lhe peço desculpas...

Pelas tentações que criamos em volta do impossível,
Pelo olhos que fechamos na cara da realidade,
Pela nossa vontade de não dar importância,  
E pelos álibis infundados que nos enganam...

Como se estivéssemos errados em fazer o que dá na telha,
Na lata, no corpo, na cabeça, o que dá em nós? Não sei!
Mas as desculpas não calam, e a recaída é tão certa,
Quanto a culpa que sinto depois...

domingo, 3 de novembro de 2013

Sobriedade...



E é quando o silêncio se faz presente,
Que ouço o som dos meus barulhos.
Como se o dia afogasse a realidade
Nos vultos do cotidiano...

Na noite, me acho perdida em mim...
Ouvindo apelos de soluções improváveis,
Mágoas escondidas no meu braço que não torce,
E lágrimas que evitam cair...

Cambaleando em meus extremos,
Sem saber pra qual lado inclino...
Se o tombo me deixa mais forte? Não sei...
Mas a falta de queda também me faz mal.

Empurrar com a barriga nunca foi meu dom,
Mas tem sido o caminho adiante...
Não me culpo pela falta de ação,
Porém não aguento "um passo de cada vez".

Preciso correr pra algum canto,
Que acalme minha falta de senso, 
O medo do amanhã, e a vontade de fugir
Que só cresce.