quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Guarda-amor



Me serve os gestos,
Me veste as roupas,
Me cobre a alma
Com seus carinhos.

Nas suas lentes que embaço,
A graça de dizer que amo.
Em mil abraços, eu não me amasso...
Pois tudo em você me cai bem.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Chuvas






Ponho a cabeça no travesseiro
Esperanças por água abaixo..
No meu teto não para a chuva.
A cabeça rodando em cismas,
O barulho não é de água...
Martelando meus pensamentos.

Ponho a cabeça no travesseiro
As tolices gritam tão alto,
Se não fosse essa solidão
Acordava a vizinhança toda...
Perguntava de esquina a esquina,
O motivo dessa tristeza.

Ponho a cabeça no travesseiro
E repito os mesmos versos,
Pra calar verdades e a insanidade,
De querer sonhar demais...
Em um mundo tão pobre de amor.

sábado, 17 de janeiro de 2015

Silêncio gritante...




Respira uma agonia a contorcer,
Pela casa assombra o silêncio...
Na falta de seu barulho, emocional!
Na falta de seu entulho, emocional!
Na falta de seu encontro, emocional.

Seu jeito meio gritos pra parede,
E cinzas de cigarros pelo chão...
Na falta do que dizer consigo mesma,
Sobre a falta que sente, 
De uma esperança que espera...

Uma esperança espoleta que pule,
Nesse silêncio desconcertante...
Meio que consentido, que tolerado, 
Meio de canto de olho,
E olhando pra todo lado.

Silêncio cômodo de quem calou,
Já por preguiça de falar demais.
Chorar demais, esperar demais...
Por um barulho que faça sentido,
Pra ser sentido e trazer sentido.

Silêncios são difíceis de se decifrar...


quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Corda bamba




Na corda bamba
Coração partido,
Que não toma partido
Espatifa no chão.

A indecisão é caminho perdido,
Que não volta pro início
Nem tem fim que apareça,
Leva a desilusão.

No mar de dúvidas,
Sempre fica à deriva
Se afoga em perguntas,
Que não vai responder...

A incerteza que sacode na mente,
Embaralha na alma, e te tira a visão.
De tão perdido entra em um labirinto
Que não sabe fugir...

No fim de tudo...
Sobra uma mão vazia,
Outra chance perdida
E um vazio a pulsar.

Espatifa no chão
Quem não toma partido,
Coração partido
No corda bamba.