terça-feira, 26 de agosto de 2014

Retalhos





Assisto um quarto de porcelana quebrada,
Estilhaços de mágoas por todas as paredes...
Me encho de convicções racionais.

Na tv é um drama antigo,
Um conto tão real quanto a realidade.
Passando por corações partidos,
Eu parto dos meus sonhos bobos...

Não vou ficar para te assistir me fazer chorar.
Me canso de duvidar, me canso... 
Tão facilmente de acreditar.

Ela disse: - Auto-expressão cura coração ferido.
Então escrevi, para me expressar 
E me separar de um futuro drama,
Pois tenho preguiça de me machucar!

E eu não sou um filme de uma hora e meia.
Sou uma crônica mal lida, que cresce em linhas,
De vez em quando.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Domingo errado...



Café com açúcar...
Preguiça de domingo na segunda,
E um monte de saudade debaixo da preguiça.

sábado, 23 de agosto de 2014

Sendo!





Eu sei, de tudo acontece e a vida assusta.
Às vezes eu choro, e me entristeço...
Eu sei, a vida depende do olhar.

Entendo que são os sorrisos o que guardo, 
E neles me apego, por mais que voltem as dores...
Passam... Porque eu adoro sorrisos!

Eu quero sorrisos que venham em milhares, 
Que invadam o cotidiano e levem a nossa tristeza,
Até que não haja espaço, além de sorrisos sobrando.

Caminhar ao contrário da felicidade que se pode ter?
Pra que?

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Aqui de fora...




Não há dor que eu já não tenha sentido,
E não aprendido a lidar.
Não há dor que tenha aprendido a durar.

Não sou eu quem vai ficar empoeirando mágoas,
E derrubando lágrimas...
Por não poder fazer nada enquanto chega ao fim.

Engulo um comprimido, junto ao resto das minhas tristezas.
Na mesa um garrafa inteira de ilusões, caindo pelas beiradas...
Uma casa que não me pertence mais.

sábado, 9 de agosto de 2014

Retorno...




No meio de tanta dúvida, há certeza...
Algumas coisas simplesmente são!
E não importa quantas esquinas viradas
Para o lado contrário...

Sempre haverá uma rua, um atalho,
Que vai te jogar de volta...
Tem sonho te que persegue,
E não se importa com as desistências.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Vizinhança



Somos um coletivo...
Individualistas, mas ainda sim um coletivo.
Unidos pela semelhança dessa solidão...

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Equilibrista



Quantos versos não terminei...
Por achar tolo dizer no meio do irracional,
Da falta de certeza que é.

Quantos versos irei deixar,
Por não querer atravessar a linha dos meus limites,
Dos seus avessos tão insistentes...

Versos guardados, empoeirados...
Linhas jogadas ao azar,
Da corda bamba que a gente é.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Abismo



Deitei, não dormi, olhei em volta e despertei.
Eu me perdi em uma trilha de erros que eu criei,
E é tão difícil ver além do ponto onde se está.

Eu não quero repetir os meus erros tão repetidos,
Me vi em volta de medos tão reais...
De histórias épicas, aparentemente tão fictícias.

Percebi o quão vulnerável eu posso ser... 
No tumulto que vem em minha direção como um ímã.
Percebi que não vou a lugar nenhum sem ter certeza.
Percebi que sou compulsiva por certezas,
Certezas essas que eu nunca tive.

Eu percebi que sou completamente insegura,
Por trás dessa muralha de segurança,
Montada a guerras comigo mesma.

Percebi que dentro de um metro e trá lá lá para cima,
E centímetros para os lados, eu sou um pote!
Um pote de sentimentalismo bobo,
Que dói quase o tempo todo, quando não sorri.

Eu descobri que eu falhei ao conjugar os outros.
Por ajudar o tempo todo, eu nunca olho onde estou.
E só agora eu percebi, o quanto de ajuda me faltou,
Por sempre parecer estar tão bem.

Eu acordei no meio de uma queda...
Estou caindo no meu buraco tão egoísta
Faz tanto tempo, mas ninguém viu...
Nem mesmo eu!

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Entende...




Entende! Sou muito...
Para quem me quer aos poucos irei sempre transbordar.
Até cansar e sair, pela primeira porta que abrir...
As esquerdas de me recolher e me resguardar.

Entende? Me canso com facilidade...
Da fragilidade de me sentir em um banco de espera.
Eu não tenho calma, vou correndo até que me parem,
Para repensar se vale viver no minuto em que se está.

Entende? Me abraçar requer a força e a delicadeza,
De compreender minha urgência que exagera aos montes. 
Eu não acho fácil me fazer ficar...

E por mais que tenha se transformado em cansaço,
O meu clichê de saber fugir no momento certo, 
Ainda quero um canto que segure meu peso de sentir demais.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Reflexo




Eu vejo refletir no espelho uma imagem quase cansada,
De quem não se cansa de tentar de novo...
Só por não ter opções.