quarta-feira, 31 de julho de 2013

Amor sozinho...




Sempre me sentirei só...
Pelos passos que não souberam correr com os meus.
Deixarei gotas para afogar o adeus,
Dos amores que não foram tão meus.

Das histórias que não prosseguiram,
Das tristezas que me consumiram,
Dos finais que não tiveram ponto,
Dessas férias tão mal planejadas.

Pois foi na falta de leito,
 Que meu amor aprendeu a ser fugaz,
Que meu amor aprendeu a não ter rumo,
Que meu amor se descobriu sozinho,
E ninguém pode acompanhar, o meu amor.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Ressaca amorosa....






Me visto pro desconhecido,
Estou a caráter pra prováveis guerras,
Que travo comigo, depois de um adeus.
Um salto nos pés, um pulo pro talvez .

Início de festa, confete que não se acaba...
Um copo, dois corpos, desejos, promessas.
Me afogo no fim, com ar de surpresa.
Pergunto a mim mesma, foi eu que deixei?

Tomando aos goles a desilusão,
Me embrulha o estômago as tais borboletas...
Estou tão cansada desses sentimentos,
Estou de ressaca da palavra amor.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Saudade persegue...



Eu finjo uma fraca memória,
Pra não me perder na lembrança
Dos dias passados. 

Eu jogo a saudade de canto,
Carrego a minha coragem,
Caminho sem olhar pra trás.

Tropeço em meus pensamentos,
Nos rastros que andam em meus passos,
Pedindo pra eu não me esquecer.

Em todo caminho que ando,
Há sempre um pedaço que chama
Seu nome aos meus sentimentos...
Me finjo de surda aos chamados.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

O que eu não disse...




Me perco nesse amontoado de palavras que jogo,
Aos ouvidos que me dão ouvidos...
Justificando as minhas loucuras.

Os olhares que me nomeiam,
Que me rotulam, e me entregam
Aos teus olhares.

Me encontro com essas luzes que são do céu,
E me conforto naquele abraço que vem do nada,
Me entorpeço no cheiro de benquerer...
Mas eu tropeço na hora de lhe explicar.

Das tuas juras? Não acredito em quase nada.
Mas os momentos que acolhi naquele ontem,
Não fugirão da minha paz...
Que despertou bem de mansinho, só pra lhe ver.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Traduzindo em letras...




As letras me entendem como ninguém.
Se juntam e falam por mim, o que não sei dizer...
Surpreendente o poder de compreensão,
Que pode haver no conforto das linhas.
Escritas que tomam para si, a dor que é minha.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Tropeçando em mim...




Escorre por mim o peso das incompreensões.
Entalando pelas explicações mais vagas que crio,
Para satisfazer a ânsia de me entender, o suficiente para me perdoar.

Talvez essa dor só queira ser sentida, mas não deixo... 
Paro incessantemente pelo caminho da intensidade,
Como se precisasse nomeá-la, antes de engolir meus pedaços de "não sei".

Talvez devesse digerir assim, de uma vez.
É tão doloroso engasgar na dor...
Talvez essa vírgula em que tropeço seja o sofrer.

domingo, 14 de julho de 2013

Parada no tempo...




Abraçada com a solidão,
Em um canto qualquer do quarto.
O relógio arrasta os minutos,
Não se importa com o tempo parado.

Debatendo os dilemas de sempre,
Como se não evoluísse...
Como se tudo em volta mudasse,
Menos ela.

sábado, 6 de julho de 2013

Águas de ontem...



Se afoga em canções pra chuva lavar a alma,
Se perde na madrugada palavras que pulam de si, e calam...
Sentidos que andam pro lado contrário,
Ouvindo o que a lágrima quer dizer.

Chorando os amores mais mansos da noite,
No escuro que esconde segredos guardados...
Dos dias normais, dos dias banais, das horas comuns.
Momentos que surgem na volta pra casa.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Contradição




Eita gente egoísta...
Te quer assim e assado,
Pensando nisso e naquilo...

Te quer sorrindo e disposto,
Te quer falante e feliz...
Te quer robô.

E no final sinceridade...
Mas o verdadeiro aceita exigências?

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Vai saber...




Alguns erros foram também acertos,
Alguns acertos trouxeram consequências terríveis...
Meus atos são futuros resultados desconhecidos.

Nunca sei se estou fazendo certo,
O inevitável é tão inevitável às vezes...
Às vezes sou só receio do que quer vir.

Eu me arrasto pelo não querer, 
Vou não querendo, mesmo que me faça bem...
Na duvida nego, arcando com os prejuízos.

Carrego o meu velho medo,
Uma carga tão leve diante o futuro,
Um futuro tão breve como o dia de ontem.

A lembrança tão é forte quanto o medo que tenho,
Dos dois lados que se pode haver no acerto.
Nessa duvida de saber se foi bom
Já não sei explicar o que sinto.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Do amor...



O que seria o amor, senão uma série de desenganos,
Misturado com uma vontade de estar perto...
Esse apagão da razão pelo querer.