terça-feira, 24 de junho de 2014

Agora...



Eu deixei de ser saudade,
De tudo que a gente não foi.
E agora eu já não sinto falta,
De tudo que a gente não é.

domingo, 22 de junho de 2014

Confetes



Danço em felicidades, 
Pela graça de me ver feliz.
Vivo me apaixonado por nada, 
Por não precisar de motivos.

Na minha caixinha de desejos,
Confete que não se acaba...
Um mundo que ainda não fiz,
E a vida que sabe o que faz.

sábado, 21 de junho de 2014

Reflexos




Ela se sentiu toda errada,
Parou, chorou  e partiu...
 Afim de nunca mais voltar.
Fechou a porta de entrada,
Enxugou a velha lágrima,
E me prometeu se cuidar...

Foi só então que me lembrei...
Que quando se escreve na terceira pessoa,
É porque a dor é grande demais para a primeira.
Foi assim que me senti, parei, chorei e parti,
Desafiando a nossa solidão.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Com toda urgência...



Preciso de música para amar,
Preciso de amor para cantarolar.
Viajar para esquecer, para lembrar.
Ler e reler as histórias que não tenho,
Contadas em outros livros...

Eu preciso do caos dos passos corridos,
Da calma passagem da fuga, quando consigo.
Eu preciso escrever para contar o que não sei,
O que passei, o que me faz carinho secretamente.
Te amar até o topo do possível, inventar o impossível 
E amar um pouco mais.

Eu preciso falar até secar, senão transbordo...
Como se fosse pouco, preciso calar meus exageros.
Guardar os meus segredos, e contar o que foge no olhar.
Me exceder para poder sorrir, chorar para não ser razão.

Preciso sentir o vento bater... 
Para poder esquecer o medo de não saber. 
Preciso me fortalecer, aprender a saber lidar,
Com o peso e o orgulho de ser quem sou.
Me entregar ao que posso ser, sem receio de debater
Nas grades que eu criei, de achar que não posso errar.

Preciso sair sem rumo, me encontrar na falta de chão.
Preciso de um colo que me conforte dos tombos que já levei,
De uma mão que me segure nos tombos que irei levar.
Preciso não estagnar, não ser tão pedra no meu caminho, 
Preciso me esforçar, correr atrás do que me faz feliz...

Preciso viver meus sonhos, unir meus mundos, 
Ser mais real, sem medo de ser tão só.
Respirar fundo, abraçar o mundo, dizer o quanto amo,
Acreditar em mim e em você, acreditar em nós...
Acreditar que posso... Preciso ser muito mais!

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Pra ontem!



Assiste a pressa de quem não quer,
O tédio de um amanhã que vem...
Depressa matando o hoje, que vai.
Enquanto ainda não fiz...

Pra ser feliz eu descobri,
Que o tempo é agora, e corre,
Que passa no descompasso 
Das vis vontades do peito.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Fermento pra quem te quer...



E se o amor não for essa massa de bolo, 
Que te ensinaram a bater pra por no forno?
Talvez falte três colheres de sei lá o que,
E desande a mistura que tentou fazer...

Em neve todo amor é breve, 
E se a receita não cresce, 
Não tem a fôrma que caiba, 
O oco da fome que roí.

Fermenta na falta que faz, 
Os versos que ainda não fiz...
Na ausência de um doce que sonhe, 
Granule o meu benquerer.

Nem toda receita tem rumo que ensine a dar certo.
Me diz o que te preenche de felicidade, 
Feito recheio de chocolate...
 Talvez a gente resolva assar juntos.

Tem sonho que pede fermento!

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Pique-esconde



Eu poderia voltar outonos,
Em busca de um abraço que não foi dado.
Mas se eu pudesse ter um desejo...
Eu pediria o cheiro do seu cochilo de amanhã.
Embalaria a minha saudade, e enviaria para longe,
Desse costume de ser constante.

Eu poderia rodopiar na calçada da rua da feira,
Na avenida da minha tristeza,
Na cara de quem me olha com estranheza.
Eu viraria mais mil além das que já sou,
Para enganar a solidão que bate,
E colocar na cara a marra de quem sorri por teima.

Mas dentro do que espero não faz mudança de tempo,
Não tem um pique que esconda, e meu teatro não cola.
A minha peça tem sido fazer carinho na falta,
Quem sabe ela não se desgasta e acalma,
Essa vontade de um fim, nessa saudade sem fim.
E assim, eu poderia mudar meus desejos...