sábado, 24 de outubro de 2009

Animais






Dentro de mim há leões, leoas,
E animais selvagens...
Cada um defende o que acha certo.
E eu na incerteza de minhas dúvidas,
Sou manipulada por meus bichos e fúrias.

Perco o domínio da situação,
Quando caminhos se jogam em minha visão.
Contraditória por natureza, às vezes sou indefesa,
Em vezes me jogo no chão...

Toca a campainha...
Já acordei de sonos profundos,
Às são vezes crianças que saem correndo,
E me deixam sem sabe o porquê...
Às vezes adultos com medo....

Não sei por que carrego comigo a sina
De parecer solução alheia...
Sendo que nem eu mesma
Consigo enfrentar minhas peleias.

Minha mãe dizia que nasci gritando,
Que sou guerreira! Mas ainda tenho dúvida.
Se já era grito de guerra, ou grito de quem desespera.
Ouvi de desesperados que transmito calmaria,
Que é isso que tentam me roubar...

Tentativa fracassada de quem tenta,
Já que todo mar por mais calmo que pareça
Tem suas tormentas...
A minha de não saber quem eu sou.

Uma incógnita...
Cheia de gargalhadas e lágrimas.
Com seus altos e baixos...
Banhada a pecados, e vivendo,
De um prazeroso mundo que inquieta.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Braços e Abraços





Me perco em teus braços e abraços,
Cheiros e aconchegos...
Teus beijos, meus beijos!

E nesse conto de príncipe encantado,
Triste fico em distância,
 Pensando em meu amado...

Roubou meu coração fugazmente...
E desde então em beijos já dados,
Perde-se minha mente.

Meus olhos pobrezinhos
Esquecem de todo resto,
Ao ver que de longe chega.

Já faz ausência a minha escrita,
Não escrevo!

Minha poesia morreu...

Minha fala engasga, no meio do nó 
Que forma na garganta, e alastra...
Transforma em frios na espinha,
E borboletas na barriga...

Apaixono-me com frequência,
Por vista da janela, pôr-do-sol bonito, 
Fotografia bem tirada, e brisa que vem de longe...

Mas enamorar por rapaz que aparece, 
E ás vezes finge que me esquece,
É moradia nova das minhas paixões.