quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Quarto e sala...



Os metros quadrados crescem a cada minuto,
Eu passo pelos dois cômodos andando pela saudade.
Na cozinha mastigo a ânsia que é o tempo, 
E lamento a forma que não pode ser...

Pela sala me entrego ao tédio de assistir tua ausência,
No banheiro lavo a calma, quem sabe ela não se renova...
Reviro pelo lado errado da cama, me perco na solidão,
Procurando seu cheiro que foge...

Me enrosco na carência das lembranças de ontem,
Como se pudesse suprir o amanhã, até teu retorno...
Eu tento me fazer de forte, fingindo me virar sozinha.
Mas me diminuo nos cantos da pequena casa,
 Em que o vazio cresce.

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