quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Tamanho sentir






Eu nunca duvidei da vida,
E ela que nunca duvide de mim!
Sou capaz do que não sei...

Sou um eu cheio de formas,
De deboche e ironias
Que sustento pra viver.

Sou o outro que sorri
E o mesmo que transborda,
A tristeza que entedia,
A alegria que me leva.

Um enrosco imperfeito,
Do meu leito nada sei...
Mas eu deixo que me leve,
Sou mais fácil do que pensam...

Uma breve esperança
Me explode de euforia,
Um punhado de desânimo
Me condena ao desalento.

Sou daqueles sentimentos mais intensos do que podem.



domingo, 19 de fevereiro de 2012

Meu lado errado do mundo



Eu mudo, pro lado errado da cama.
Eu tento, adormecer dos problemas...
Eu fujo, eu finjo que fujo.

Eu luto, eu penso que ganho essa luta,
Eu mesmo que perco a disputa,
Que travo comigo de novo.

Os cantos do quarto reclamam
E gritam tão forte que ecoa...
Ao som do silêncio que sopra,
Rebate em minha janela.

Que mostra a vista lá fora
E chama em sussurros discretos,
Meus olhos que fitam o teto,
Se fingem de surdos e cegos...

Pois sei que o que chama lá fora
É mais uma tola esperança,
De um mundo que não me acompanha.




quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Tranquilidade




Chega de drama!
Voltarei para comédia,
Mesmo que signifique sorrir só.

Chega de trama, não é um jogo.
Chega de guerra, estou cansada.
Bandeira branca, peço uma trégua.

Simplificarei!
Até chegar a última gota
Do impossível de se explicar...

Chega de força e auto-controle!
Eu descontrolo tão calmamente
Do que adianta?

Ah meus turbilhões de emoções,
Não tenho um peito que me segure
Ou que aguente meu coração.

Chega de lágrimas!
Passou da conta as que rolaram
De cá pra fora...

Chega de fuga!
Eu andei tanto
E não sai do mesmo chão.

Chega de marra, chega de manha,
Minhas façanhas são lamentáveis...
Eu me perdi nas tentativas,
E nada vi acontecer...

Eu não sou cega, chega de escuro!
Desvendo os olhos, chega de farsa!
Chega de espera...

Pois é o tempo que não te aguarda...
Não faça as malas, daqui não leva nem quase nada.
Chega de carga! Sei ser tão leve quanto o vento que me arrebata.

Estou tão cheia e transbordado de uma delícia,
Que quando chega, é inevitável e me balança...
De lá pra cá.

É a danada tranquilidade, sensação sem passado
Que só lembramos quão doce é,
Quando voltamos a senti-la.




domingo, 12 de fevereiro de 2012

Saudade da saudade...



A distância das estradas me levaram até você...
Como se fosse o caminho quem deixava tão extinto
O cruzar desses olhares, que tão perto adormeciam no passado
Esquecido nas areias desse mar, resolveram despertar...

Tão clichê esse romance com direito a céu azul,
E pontinhos luminosos se jogando lá de cima...
Me pedindo um desejo, eu desejo e quero tanto
Que essa noite não termine...

Pois no fim do outro dia eu acordo desse sonho,
A estrada é quem me leva pra tão perto e tão distante,
Dessa praia e de você...

As pegadas na beirinha desmancharam com as ondas,
A agonia do caminho me deixou sem prosa e pompa...
A lembrança de hoje em dia é lembrada na garôa,
A lembrança do outro dia no meu frágil coração ecoa.

Volta cá meu menino pra cantar nossa canção...
Pois não aguento a vontade que me chama na cidade,
Pra voltar lá pra prainha.... Ah meu  amor de verão.




sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Purgatório




Sei que errei,
Mas não sei em qual parte...
Não é o pecado que me corrói,
Mas a dúvida de não saber distingui-lo.


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Tentativas





Talvez não te querer seja fugir do meu destino,
Estar com você seja um desatino...
Eu pago pra ver, a cada vez corro esse risco.

Por mais que eu fuja entrelaço em seus pedidos,
E me perco em minhas vontades...
Destruo as possibilidades, como se fossem de massinha...

Eu remodelo a realidade pra bem perto de você,
Aqui estou de novo, me arrependendo
Por me arrepender...

A onde eu estava com a cabeça no início desse desatino?
Fui me entregando de mansinho e quando vejo,
Eu acho que me acho, p
erdida em nosso nó de vida...

Suspirando pelos cantos das lembranças imperfeitas,
As promessas desfeitas debaixo do lençol...
Eu retomo minha postura,  esqueço das travessuras...

Pois a noite já passou, e por enquanto também o meu amor,
Que fugiu de mim, na inútil tentativa de fugir de ti... 
Eu não consegui.



quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Ansiedade mal dormida...



Diz que vai passar, me faz acreditar,
Mesmo que eu sabia que não vai conseguir...
Tente me fazer sorrir, toda noite é dia de se lamentar.

Estou exausta de pensar que amanhã pode melhorar
Perco o sono na espera de um amanhecer risonho,
Acabo por não ver, o cansaço me leva aos sonhos...

Desperto entorpecida por falsas esperanças até o pôr do dia,
Anunciando mais uma noite...
De contagiantes lembranças de todos os tipos.

Meu bem meu mal me quer? Estou até o próximo minuto
Comprometida com a vontade de seguir em frente
Sou infiel e tão cruel...

Eu disse "até o próximo minuto",
Em que minha mente me mostre mais um blefe,
E faça com que eu perca o sono novamente.



terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Passa tempo...



Eu sei, as vontades seguem fugindo pela realidade...
Nem sempre faço o que quero, é o acaso que me leva em frente...
Eu vou deixando pelo caminho os sentimentos,
São passageiros tão desatentos, passam do ponto...

E quem responde é a razão ou o coração...
Não sei dizer., pois ambos fogem da mesma guerra.
Sigo lutando pra me proteger, nem sempre faço o que quero...



segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Contraditória




Meu porto inseguro é quem me segura.
Equilibro nos passos infalsos...
E é na loucura que me encontro mais sóbria.