terça-feira, 30 de abril de 2013

Trancafiada no sentir...




Prisioneira de minhas próprias vontades,
Não me movo mesmo tendo liberdade...
Estagnada pelos meus desejos,
Que cismam em não me acompanhar.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Caminhos da saudade...




Em um surto nostálgico que quer me tirar de casa,
Me levar para aquele lugar que já não existe...
Pois em mim mora a saudade daquilo que foi bom viver.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Mãos vazias...


O vazio de estar só...
 Cresce como um buraco que cede a cada passo.
A solidão batendo a porta, e não se cansa como eu...
Exausta de entrelaçar as mãos no nada.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Desconfortável



Eu quero ficar quieta,
Me encolher no esquecimento
Até passar o medo de não achar explicação.

Eu quero calar os sentimentos,
Não tentar achar argumento para o que eu não sei...
Eu quero esquecer a falta que faz não ter alguém.

Fiquei exausta de ser eu, 
Não quero lutar contra minha falta de vontade de lutar...
Eu quero parar de me ser, já é cansaço meu respirar.

Já é tristeza não ter abrigo,
Não tem um colo que conforte a falta,
Não tem um gole que me ajude engolir,
Esse nó de vida que chamo de minha.

Estou cansada de tantas vozes...
Não dizem nada que quero ouvir.
Quero entrar no meu casulo,
Desintegrar do meu redor.

Me esconder enquanto é tempo,
Pois não sei quanto posso aguentar...
Já não me basta viver de sonhos,
E a realidade não faz sentido.

O caos que vejo não me acolhe,
Perdeu a graça me enganar...
Perdi o ritmo dessas mentiras
Que a gente cria pra continuar.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Bagunça que cresce...



A bagunça do quarto só cresce,
Eu caída na cama espero,
A esperança que não tem endereço.

Me cansei de caminhar sem rumo,
Tô exausta de não fazer sentido,
Eu não quero que chegue o amanhã.

Estou farta de esperar socorro,
Já não peço ajuda a ninguém...
Eu sozinha vou me aguentando.

Mas não sei até quando...
Eu não sei!

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Todo amor que sou...



Sou um amor a respirar,
Sou muito amor sem dono,
Sem ter pra onde endereçar.

Um amor sem pressa
Por não ter destino, 
Aprendeu a caminhar no desatino.

Sou um tipo de amor mais leve,
Que se espalha em quem se encosta,
Vai se doando sem muita urgência.

Horas transborda, ele é excesso!
Outras se encolhe, mas não se cansa.
Amor alegre, amor teimoso...

Pelo simples prazer de amar
Aprendeu a ser sozinho...
Amor só... Sou só amor.

domingo, 14 de abril de 2013

Bagunça...



Preciso sair de casa, conhecer gente, me apaixonar...
Preciso sair da toca, encher a cara, me embriagar...

Preciso sair de mim, largar os medos... 
Sair correndo do que me contém.

Eu quero falar sem vírgula, com toda gente
Que valha a pena gastar saliva.

Preciso me interessar, gastar o tempo que tá sobrando,
Com coisas boas de se abraçar.

Eu quero largar as contas, soltar as rédeas,
Me ver dançando até cansar...

Chutar meus medos, os meus receios...
Beijar na boca, rir de mim mesmo, exagerar!

Ando carente de gente interessante,
De conversa que não termine...

Carente de bagunça mal agendada, e de amor,
De amor...

sábado, 13 de abril de 2013

Palavras que contam...




O gosto de fazer com que escorra pelos dedos o sentir...
Soltar o nó que debate na garganta, pra pular entrelinhas,
Os sentimentos que não cabem na caixinha...

O amor que escapuliu do peito,
O medo que pulou do vigésimo terceiro, andar...
Correr entre as vontades guardadas, contar aquele feito.

 Segredos... 
Desabafar turbilhões que vem de dentro, escrever...
 É falar no silêncio, mais do que se pode ouvir com voz.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Meu primeiro e último...



Fico presa ao último amor...
Até que o próximo se identifique, penso em você,
A cada vez que uma leve lembrança colidi.

A linha do seu rosto, o tempo ao seu lado.
Bobagens trazem seu gosto,
Me travo no tempo passado.

Juro te esquecer...
Assim que o próximo amor der as caras,
Por enquanto só resta a vaga lembrança dos seus detalhes.

Dizem que fomos feitos em pares, o meu não sei onde anda. 
Me perdi na estrada onde cruza a sua,
E não permito entrada de outra alma na minha.

Se meu próximo amor for o tal prometido,
Tenho medo da hora de tentar esquecer...
O que nem outro amor tem o poder de apagar.