sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Triste delicadeza...




Às vezes sinto o peso que é viver, e bate uma vontade forte de fugir...
Escuto um oco que grita solidão, e vejo minha fragilidade ali,
Tão abandonada no chão, quase que chorando por um colo.
Só para me provar que não sou tão forte quanto aparento ser...

As mentiras óbvias eu que invento já não me convencem...
Não preciso de muito esforço para entender que não estou bem,
Ao redor tudo deixa claro, apesar do meu fechar de olhos,
E do meu carisma com as minhas mágoas.

Me sinto pequenina demais, para ultrapassar a tantas barreiras.
Porque assim pequenina sou quando dou por mim...
Caio dessa fortaleza que eu construí para me proteger.
Eu me machuco na queda da realidade...

A verdade é essa por mais que doa, dói mais em mim...
Me fiz de forte por muito tempo, mas essa máscara às vezes cai...
E eu também sei chorar, apesar do meu sorriso largo.
O que eu calo, engole lágrimas.


quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Cansaço...




A vida não te permite ser fraco,
Mas também não te ajuda a ser forte...
Sim, às vezes tudo é tão difícil quanto aparenta ser.

Sim, eu me levanto a cada tombo...
Mas a carga pesa, o joelho dói, o cansaço atrapalha.
Me levanto mais forte, e talvez mais machucada.


Mas me levanto!

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Relógio




Nosso começo não foi bem um começo,
Lá pelo meio eu não tinha certeza...
O nosso termino não pede um final,
E eu continuo sem saber por quê...

Você não sente que chegou ao fim,
Inutilmente eu tento alertar...
A sua cisma de me contrariar,
E sua mania de querer demais.

Nos perdemos num piscar de olhos,
Naquela mão que eu soltei da sua...
A minha tristeza imperceptível,
Já persentia a nossa distância.

Nenhum de nós consegue lidar
Com o relógio que chama o adeus,
Com esse tempo que carrega os laços
Que a gente tenta não desvencilhar.

Eu já não sei se a teimosia é sua,
Se a fraqueza é minha, se a saudades é nossa.
Eu já não sei se é só a minha fuga,
Se é o meu receito de me machucar.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Insônia



Queria um sono pra chamar de meu,
E me desligar no botão dormir...
Mas meus olhos piscam para distrair,
Meu olhar cansado de se debater. 

Minha boca seca na vontade de falar,
Engulo a ansiedade de mudar...
A realidade grita ao ouvido,
E pula na cama a me despertar.

Deixe-me dormir incansável eu, 
Quem sabe resolvo nos sonhos 
Esse amanhã que tarda chegar...
Mas tem que me deixar partir.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

No espelho...



Paro para rebater em mim 
A porrada de dúvidas que carrego...
No esforço de me fazer simples,
Me perco na tentativa de não ser tão eu.

Mas é meu olhar que me enxerga assim.
Vasta, longa e complicada...
Vai ver é o meu exagero que reflete
Na forma de me explicar...

Talvez o erro seja tentar 
Achar explicação para o que não sei...
Mas já acostumei a tentar me entender,
E não conseguir...

Vai ver a graça é falha sem ser errônea,
E só pelo costume eu sigo na tentativa...
Porque errar me faz mais humana,
E às vezes preciso de realidade.

domingo, 25 de agosto de 2013

Quando vou...




O caminho que me acha é longo de se percorrer,
Mas tão fácil é o caminho contrário,
O caminho de me perder...

Frações que me deixam ir,
Sou assim fugaz de se segurar...
Se me solta, parto! Se eu vou, não volto.

Então eu lhe peço que aperte o abraço,
Que segure o colo, que prolongue o beijo...
Mesmo te amando, quando vou embora eu não sei voltar.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Ponto final.



Estou tentando guardar um pouco de você antes do fim...
Ir embora virou uma rotina tão banal 
Que me remete ao tédio do comum.

Mas ainda posso chorar...
Apesar de me acostumar, apesar de me esquecer...
Quase sem sentido esse vazio, 
Mas corrói, quase fácil mais dói.

O amor sempre foi uma carga,
Mais pesada do que posso aguentar...
Não que eu não tenha almejado esse poder, 
Não que minha vontade seja não sentir....

Porém pesada carga vai além 
Do que você pode ser para mim...
Do que posso esperar e receber, 
Do que poderia ser.

Quanto a você? Deixe-me ir em paz.
É o mínimo que tem a me presentear...
Deixar a gentileza do seguir em frente, 
E torcer para que a rapidez tome conta,
Dos resíduos que os pontos deixam nas histórias tristes.

Deixe-me partir assim, sem delongas...
Nunca fui do tipo que pede demais.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Além de mim...



A falta de sentido por vezes é tão significativa,
Que cala qualquer tipo de explicação,
Que se pode doar a dúvida...

Mas é que sinto fome de entender, e estrago o que quer calar.
Pelo simples fato de transcender o que pode ser absorvido...
Pela minha mania de fazer sentido.

domingo, 11 de agosto de 2013

Meu erro...




É minha a mania de debater nesse mundo de ponderações e vírgulas...
Vírgulas essas que você adora acentuar depois de beijos,
Tapas para me acordar, o erro é meu....

Não contruí castelos, mas desmorono,
A cada mera possibilidade de me machucar...
Discuto com meu lado que chamo de forte, me finjo de convencida e sigo.
Intacta, até que se prove o contrário, o erro é meu...

Cansada de jogos e flertes, não sei o que sobra de dois...
Talvez não tenha aprendido diferente do que se pode ser.
Talvez seja só o cansaço do que geralmente é, o erro é meu.