sexta-feira, 31 de maio de 2013

Último do mês...


Com o tempo você vai aprendendo...
Que não precisa ir pra rua pra se sentir livre,
Que não é qualquer cia que lhe tornará menos solitário.
E não existe porto seguro quando você não se encontra.

Se não é recíproco passou longe de ser verdadeiro.
Que os monstros não moram debaixo do travesseiro,
E sim acima de nossa coragem.

Que apesar de você não se conhecer perfeitamente, 
Continua sendo a pessoa que melhor te conhece...
Que mentir para os outros é fácil, difícil é acreditar em si mesmo,
E se enganar é algo que não funciona..

Com o tempo você vai aprendendo...

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Tamanhos...



Preciso digerir meus sentimentos, ou travo no caminho...
Intensidade não tem haver com impulsividade,
Não há impulso que demonstre metade, do meu sentir.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Quem sabe...




Vai ver isso tudo é um jeito que a vida deu pra acalmar,
 O que a gente não saberia arrumar...
Vai ver a gente acha que o final deu errado,
Vai ver que errado é a gente, ao achar....
Vai saber...

terça-feira, 21 de maio de 2013

Conta-gotas...




Toda vez que algo deixa de fazer sentido,
                               Sinto o gosto de luto do que se foi...
                                Como se em mim tivesse partido,
Um pedaço do que vivi...

Se despedindo devagarinho,
Para não sofrer uma catástrofe.
Economizando minhas lágrimas,
  Como se o tempo fosse longo 
Para abusar dos exageros...

Me dilacere de uma só vez, é tão banal morrer aos poucos.

domingo, 19 de maio de 2013

Respirar...






Dias que a necessidade é se descomprometer com o mundo...
Fazer do redor só você, largar aquilo que aflige,
Respirar uma esperança qualquer...

Hora deixar o peso do cotidiano, pisar no desconhecido,
Cair pra fora de si, bater um papo consigo,
E ver se é tudo isso mesmo.

Seguir em frente requer dessas artimanhas...
O ar te rodeia, mas respirar depende do que se ensina aos pulmões.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Perdida no sentir...





Tem dias em que não permito me dar ao luxo de não sentir,
E sinto tanto que não aguento comigo mesma, 
Me debatendo na utopia de ser quem sou.

domingo, 12 de maio de 2013

Solidão que anda...



Às vezes o que resta é solidão...
Que chega sorrateira, e me acha fitando o nada.
Como quem estivesse procurando palavras,
Para descrever o que não sabe.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Transformações do querer...




Às vezes meu desejo se aloja nas vontades mais simples...
Foi assim que descobri que o simples nem sempre é fácil,
E o nível de dificuldade torna-se algo tão contraditório...

terça-feira, 7 de maio de 2013

Uma luz no quarto escuro...



E quando a luz se apaga
É que a dor se acende...
Que ofusca a força,
E que desaba a alma.
Que já não se aguenta
Por demais cansada.

É no silêncio cortante
Que dissolve a mágoa...
Que repousa a lágrima,
Que quer se jogar no meio da noite,
Por que se esforçou por um dia todo 
Para não cair, e me machucar.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Acordei do avesso...



Tem dias que a gente amanhece assim,
Meio fora do esquadro, acorda do avesso...
Perde a hora, o fio da meada, a coragem de dar as caras.

Tem dias que a gente amanhece sem rumo,
Sem saber por que acordou...
Veste o colete a prova de balas, palavras, saudades.

Se joga pra dentro de si, se esconde do resto do mundo.
Como se tivesse o direito de morrer um pouquinho,
Como se não fosse comum não entender.

domingo, 5 de maio de 2013

Dias tortos...




Hoje não é insônia...
É tanta coisa, que já não sei ao certo,
O meu cansaço fica calado, diante de todo resto.

Há dias que deveriam ser vividos em parcelas,
Para não pesarem o excesso em nossos ombros...
Há dias que são tristezas, não programadas em nossa agenda.

sábado, 4 de maio de 2013

Nas tentativas...





Eu não tenho por que pensar em nós.
Mas eu penso,  por que penso? Se quase nada sobrou...
Deve ser exatamente pelo gosto de inacabado,
Que desce pela garganta, e ronca na minha saudade.

Cansada, por tanto caminho não percorrido, por tanta estrada deixada,
Pela impotência que sinto toda vez que lembro do que não fiz...
Que ponderei, me achei correta, eu fui teimosa.
Eu me arrependo! 

Me arrependo por não ter te alimentado de ilusões,
Talvez tenha sido de fome que nós morremos...
Eu me arrependo! Por não ter te ligado quando surtei,
Quando o orgulho gritou comigo, me disse "não!", e eu calei...
Talvez tenha sido no silêncio que definhou nosso futuro...
Ali, na dor das palavras não ditas desmaiou nosso querer...
Quem vai saber? 

E é tão nítido o que passou, ainda me lembro...
Todas as vezes que olhei pra trás e fui em frente,
Fui te deixando a cada passo, a cada gota de confiança 
Que eu doei ao esquecimento, mas eu me lembro... 
Não funcionou, não dessa vez...

É saudade que me apunhala, 
É o seu gosto de inacabado que me persegue,
Por mais que eu queira te esquecer. 

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Meu primeiro de maio...



Hoje me dei bronca brava,
Despertei sorrindo, sonhei com você...
Me peguei no pulo, e me condenei.

Não me dou ao luxo, nem que seja em sonho,
Eu não me permito a tanta tolice.
Mas que acordei sorrindo, acordei...
Mesmo não devendo.