terça-feira, 29 de maio de 2012

Banhando...




Às vezes a solidão bate em minha multidão...
Entro em contradições sem saídas,
Estou sempre cheia de mim e sozinha do mundo.
Nada me envolve ao ponto, de sair da minha zona de conforto,
Que criei só pra dizer "tá tudo bem"...

E não diz com confiança o que mando,
Mas eu finjo que acredito no que diz,
Pra falar a meia dúzia que me escuta
O que acho que desejam ouvir...

Como se houvesse diferença
No estado do meu lado paralelo para os outros,
Eu enceno meu teatro preferido,
Com astúcia de quem conta com certeza,
A beleza do contrário do que chora...

Mas das lágrimas transparentes que rolam,
Mais que claras aos que prestam atenção,
Não tem cego do meu lado que enxergue...
São pedaços do meu eu caindo ao chão.


segunda-feira, 28 de maio de 2012

Talvez...




Vou me afogar em letras pra esquecer das palavras pressas,
Das quais me tiram o ar...
Vou sufocando na saudade e debatendo na vontade,
De declarar segredos que não sei contar...

Empapucei na falta de coragem de dizer bobagens, e apaixonar...
De sorrir à toa, e fazer carinho, de chamar de amor um tolo romance.
Ah quem sabe ele com toda sua graça faz mudar de ideia minha teimosia,
Pra me deixar sorrir por uma ilusão...

Mas eu sou difícil, nem mesma me entendo, com tanta vontade
Não sei o que impede de deixar levar, pelos meus caminhos minhas emoções...
Mas quem sabe ele, dê um bom jeitinho de arrancar sorrisos da desconfiança
E mandar correr as minhas lembranças de um tempo triste que estacionou.


segunda-feira, 21 de maio de 2012

Do que digo...




Tudo que escrevo é perfeito no ponto em que diz o que quero.
Exponho o nu do que sinto, sem medo de ler o que digo
Eu saio dos sonhos que tenho, me jogo na linha que tem,
Em letras transformo dilemas, que grudam e ultrapassam o papel.

Eu choro das águas mais turvas, que borram a tinta que dita.
Das lágrimas escritas aqui, metade é minha tristeza,
E a outra é o que pula do punho, pedindo socorro a mim...
Como se eu entendesse o que manda, escrevo o que sinto em papel.


domingo, 20 de maio de 2012

Saudade sem nome...





Minha saudade não tem nome, tem rosto desconhecido e sentimento abstrato...
Me diz que um dia chega, mas de tanto demorar
Me pede paciência...

A minha saudade é bonita, e dorme grudada em mim...
Me beija em sonhos que penso, quando bate a madrugada
E no vazio do abraço do tempo, que vara a noite a dentro

Mas que saudade relapsa, não acha seu dono por nada,
Me perco no meio do povo, olhando em olhares perdidos,
Na espera do encontro perfeito que mate a minha saudade,. do amor que não conheci...


sábado, 12 de maio de 2012

Decepção...




Decepção é quando a gente se arrepende pelo erro do outro...
É a tristeza que machuca quando lembra do que poderia ser diferente.


sexta-feira, 11 de maio de 2012

Perdida no esquecimento...





Liga, desliga, o telefone...
Mensagens perdidas no vento,
Vontade engasgada de falar...

Saudade entupida no olhar,
Orgulho que fala mais alto que a garganta,
Me impede de gritar mil coisas...

Eu conto as horas, não sobram dedos
Nem paciência que espere o tic tac...
Eu lembro o tempo que nós passamos...

O sorrisos jogados ao tempo sem direção...
Dizendo a íris do meu olhar, "foge enquanto há fuga"
Antes que grude essa loucura...

Agora eu fico perdida nas vontades,
Perdidas, nas lembranças perdidas, me perdendo...
Um dia após o outro dia, apagando o seu rosto, esvaindo.

Em mim, só sobra as sobras de nós dois.
Não lembro tanto mais de você...
Não lembro tanto, dos beijos dados...

Vou me esquecendo entre as datas
As nossas pautas dialogadas,
Nossas conversas sem meio ou fim...

Vou me esquecendo do meu romance
Já não suspiro com suas letras,
Já não me embolo com as cobertas,
Não sinto falta do que se foi.

Eu avisei, meu coração é leviano,
Troco de ideia tão facilmente,
O esquecimento muda a frequência.

Não brinque com a ausência,
Tenho péssima memória...
E eu já lhe quis, mas não sei mais...


quarta-feira, 2 de maio de 2012

Poesia...





E eu brinco com as palavras, se não cantar, recita...
Seja doce ou amarga, é poesia....
Me tira sorrisos, eu passo por mundos perfeitos,
Eu crio momentos pra vida...

Transmito o que quero em letras,
Respiro a prosa em suspiros,
Que gritam soltando a métrica,
Sem espera nenhuma ao ouvido.

Eu toco em tudo que escrevo
Eu leio de ponta cabeça,
O que importa é interpretação...
Se sente, não muda o ponto
Quem liga pra pontuação?

É traçar o sentir entre linhas,
É a graça da minha tristeza,
Faz bonita a melancolia,
E feliz de dizer são as rimas
Mais feliz ainda quem lê...

Quem se perde na estrofe que ri,
Diferente dela não fica...
Ah poesia, se soubesse o bem que tu faz
Nunca mais aquietava o papel.