segunda-feira, 30 de abril de 2012

Paciência...




O incerto está a frente de minhas pegadas,
Eu não me alcanço, por mais que eu tente...
Estou sempre me perdendo no meu eu.

Dentro da insanidade onde moro
E achando mistérios escondidos,
Sem motivos pra falar, por falta de significado plausível.

Paciência, eu tento ser paciente, por você que me acompanha paciente...
Eu tento não parecer louca, não me fazer de tão triste,
Não te dizer tolices, das quais pulam da boca...

Paciência te peço, se souber onde te encontro,
Me acalma a paciência, paciência um pouco mais...
Que preciso urgentemente, de um tiquinho de você.

Paciência....



quarta-feira, 25 de abril de 2012

Não me diga...




Não tenho paciência pra pontuação, sou politicamente incorreta.
No ponto em que diz o que quer dizer, não uso vírgulas,
Vomito o sentir e ainda fica exclamando...
- Grita! Grita!

Não me diga...
Não quero lição de moral, nem qualquer lição...
Deixa eu quebrar a cabeça,
Quero aprender com a vida.

Não me diga...
Você olha pela fechadura à toa,
E se perde na interrogação...

Fecha os olhos,
Vai, para de pensar um pouco...
Seu mais e menos é ponto de vista,
E eu não ouço nada desse blá blá blá...

Um mais um nem sempre é dois,
Eu posso te ensinar a ver vendado
E enxergar bem mais.

Não, não me diga...
Nem tudo é ponto e vírgula, ou conjugação...
A gente faz tanta coisa sem concordância
Que fica no silêncio.

Para de reclamar, vem brincar com a vida... Sorria!


domingo, 22 de abril de 2012

Insônia generalizada....



Os olhos não dormem por culpa dos pensamentos,
São barulhentos...

Os pensamentos não dormem por culpa de uma saudade,
A danada tá me matando...

Mas quem traz insônia a todos, é aquele que causa a saudade...
E me tomba na falta da noite, a sentir o seu cheiro na ausência.

sábado, 21 de abril de 2012

Não precisa entender...



Um cigarro atrás do outro...
O vazio tá batendo no silêncio.
A tristeza vai caindo como chuva,
Escorrendo no meu rosto lágrimas.

Comprimidos pra matar o sentir,
Soluções prescritas permitidas no papel...
Me engana por enquanto que eu quero,
Me esconder do que machuca como sempre...

As risadas não mentem o suficiente,
Mas já servem de abrigo por um tempo,
E desviam dos olhares indiscretos...

A verdade doí pra todos, essa é uma verdade...
Pode discordar se quiser...
Eu entendo sua dor.


domingo, 15 de abril de 2012

Devaneio




Quero fazer loucura, eu vou pular de mim,
E vou cair acima do impossível de fazer sentido.

Vou mergulhar em sorrisos,
E me afogar no ponto da embriaguez...
Eu vou fazer o amanhã, eu vou gritar na noite,
Quero fazer carinho nas minhas possibilidades.

Eu vou amar aquele, e qualquer outro...
Desde o momento em que me quiser amar.

Quero beijar pra sempre, abraçar infinito,
Todo caminho e gente que como eu presente
O sussurrar da vida, vou me perder de vez...
Eu vou!


sexta-feira, 13 de abril de 2012

No meio da noite...



O silêncio bate no teto...
Minha sombra sem graça se mexe,
Eu parada no quarto me movo,
Na bagunça de minha tristeza.

Vasculhando a calma que engana,
Meu tormento que muda o relógio,
Os ponteiros que brigam com tempo,
Prolongando pra sempre o momento...

Que repete no hoje e amanhã,
E me faz desistir de uma cura,
Pra fisgada que me acompanha,
E me atinge de morte sem dó...

Eu tropeço em meus pensamentos,
Ao momento que cala os soluços,
Só desperto na lesa esperança
De um depois de amanhã melhorar.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Receio....



Quem sabe um dia...

Quando pular da língua palavras doces,
Dizendo a mim que se apaixonou.
Eu receosa perco a metade de minhas dúvidas,
Que me perseguem tão ligeirinhas...
E te recito aqueles versos, que estão guardados
Na minha tímida convicção...
Que o que manda escrever o coração
Não leva a sério, é sem razão.


quarta-feira, 11 de abril de 2012

Silabicamente errada....






Quando diz o que se sente,
Só é compreendido por quem igual sente...

Vivo trocando palavras,
Do lado contrário do que quer dizer...

A quem ouve, nunca digo coisa com coisa.
Por isso escrevo, cansada de não fazer sentido.


terça-feira, 10 de abril de 2012

Uma das brigas



Fiz versos tão tortos quanto eu...
Cantei ao mundo a alegria que invade,
A janela do meu peito que se abre.
A cada traço de esperança que respira
Nasce no mundo uma boba estrofe que anima.

Os pássaros já não cantam, silenciam...
Só pra ouvir o som sem ritmo do meu dançar.
Não confidencio meus segredos a ninguém,
Mas mesmo assim meu coração trairá tende a contar...

Bate mais alto do que antes eu deixava,
Mas não me lembro em qual momento eu permiti...
Ele desmente saltitante, e sussurra a minha mente,
Uma imagem, um rosto, o nome e aquela voz...

A culpa é dele, diz com ar de piedade o coração 
E eu ordeno, não faça alarde!
Tu já conhece de trás pra frente as facetas da ilusão.

Não me confunda com sua palpitação, 
Sou eu que sonho suas loucuras...
Sou eu que choro quando se fere,
Vivo em guerras por suas cismas,
Vê se aquieta meu coração.



segunda-feira, 9 de abril de 2012

Calculando...



Se eu precisasse ser só uma,
Mataria tantos dos meus pedaços,
Que a sobra não seria eu...

Sou tantas...
Que não chego em uma conta
Que me diga com a soma, o que sou.


domingo, 8 de abril de 2012

Em manutenção...





Quantas vezes eu sai de mim,
Gritei no silêncio, vi passar a vida,
Entrei em nostalgias, quis voltar no tempo...

Quantas dores mais vou deixar brotar?
Quantos sentimentos vou olhar partir?
Junto as amarguras que essa vida junta...

Quantos outros vão me pedir perdão?
Quantas vezes mais vou acreditar ?
Na mudança alheia...

Me bate na cara quem diz ao contrário, é a decepção.
Digo que não quero, faço um fino trato, finjo que acredito...
Mas esqueço logo, volto a confiar, reles coração.


segunda-feira, 2 de abril de 2012

Dança da vida



Na ala dos abandonados eu danço...
Requebro no vazio do silêncio que me move,
Jogando ao vento estilhaços de esperanças,
Que voltam ao pulmão como indigestas lembranças...

Mas não me importo com que doí, passou...
Passando pelo tempo da borracha que apaga,
Vai borrando as nuances de minhas pinceladas,
Demonstrando que não há de ser tão abstrata,
Aos que olham os detalhes tão discretos nessa vista.

Eu diria a meio mundo a ironia do destino...
Mas me assusto com o cabresto dos que andam apressados.
Deixa cá os meu delírios, pois não quero ser crucificada,
Pela má influência da pouca convicção.

Se calar só um pouquinho pode ouvir esse chamado,
É a vida! E vem sorrido neste grande salão...
Te convida para uma dança, a sua mais doce canção.

domingo, 1 de abril de 2012

3º Encontro



Pedacinho de uma das mais doces loucuras...
O cheiro na roupa, os beijos não dados,
Olhares trocados...

A noite correndo com tempo parado,
Coração batendo hipnotizado,
Gargalhadas no ar...

Sinto a brisa que bate no peito não posso negar!
Se espalhou por mim sentimento tão bom,
É de se desconfiar...