quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Repetições do azar...




Eu fui um erro ao nascer...
Mas tive tudo para dar certo. 
Me transformei em um fracasso, 
Do qual eu não sei desistir...    
Por ser daqueles cismados,
Que espera a sorte mudar.
Eu continuo esperando...
Mesmo não acreditando em sorte!
Essa é a minha quase sorte, 
No meio de tanto azar.

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Anormalidade cotidiana...-




O mundo anda chato,
As pessoas andam um porre, 
E meu amor tá com preguiça.        
A medida que meu conto de fadas morre,
Morro junto, literalmente.

Eu já chorei demais, hoje estou seguindo só...
Peguei bode de você, e de tudo que eu gostava.              
Não quero ir embora, tão pouco continuar...
Eu quero matar o meu sono de sonhos,
Eu quero dormir sem parar pra acordar.         

Quero esquecer do que não foi da forma que eu escrevi. 
Pra ser sincera nem sei quando a coisa desandou,
Me lembro de não ser tão assim...
Mas minha esperança é estilo bipolar,
Manhã acorda, na outra desmaia, e por aí vai.

Até posso assumir um certo exagero,
Mas que culpa eu tenho?
Não nasci pra esse mundo lento, 
Essa falta de evolução me mata!
E se não caibo no mundo,
O que me resta é morrer!

Eu, na morte lenta de quem não se mata...
Afogada em dias de esperança, 
Sufocada em dias de desgraça.
Aguentando com ar de sobrevivente...
Filosofando sobre a normalidade disso,
Inconformada com a normalidade disso.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Insignificâncias



Meu silêncio é um acúmulo 
de insignificâncias que se calam...
Na ponta do lápis a tristeza 
que não se escreveu, entupiu. 

Às vezes um silêncio
 é só um silêncio.
Às vezes um silêncio
 é um grito solitário...

De quem calou,
por preguiça
 De repetir demais.


domingo, 21 de agosto de 2016

Desconstrução



Não somos mais que nossas histórias,
Nossas escolhas, nossas memórias.
Não somos mais do que momentos 
Na soma de segundos, minutos e horas...
Somos a junção de datas que correm,
Em números de um calendário inventado.

Não somos mais do que nossos erros,
Acertos e repetições, o feito e não feito.
Não somos mais do que nossas prisões... 
Fugas inconscientes, loucuras inconsequentes.
Somos nossa imaginação cambaleando...
Por cima da realidade, cambaleando por cima de tudo.

Somos nosso mundo inteiro em construção,
Desconstruindo regras entre a evolução. 
Somos nosso mundo inteiro em desconstrução,
Desfazendo vida com a própria vida...    
Vivendo e morrendo no passar dos dias...
Na mentalidade de animal racional que pensamos ser.

sábado, 13 de agosto de 2016

Afogada em letras


Nada como uma boa escrita,
Para uma tristeza mal enxugada.
Molha o papel, lava alma, letra por letra...
Uma faxina sentimental, visceral, literal.
Não mente o que se escreve com gosto,  
Mesmo que seja desgosto.

domingo, 3 de julho de 2016

Letra largada...



Faz tempo que não me vejo 
No espelho que vem da escrita. 
Faz tempo que não te conto segredos inventados... 
Verdades exageradas, e contos de devaneios 
Da minha imaginação.
    
Faz tempo que me calei, pro mundo que eu criei...
São estações quietinhas de pura introspecção.
Boca calada e mente confusa...
Um quebra cabeça da inquietação.     

Aqui estou, acumulando rascunhos,
Nos dias que passam e apagam...
Mas já não me reconheço naquela letra largada,
De quem não quer se mostrar.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Dói

Eu gostaria de desfazer todos os nossos erros, 
em um abraço cheio de certezas...
Mas simplesmente não dá.
Apenas dói!
Dói como a morte que ainda não morri,
apesar da vontade...

De parar de amar
Ou
Começar a morrer...
Talvez ambos.