domingo, 4 de julho de 2010

A Falta




O despertar com sono,
A falta de cor de um amanhecer monótono...
A falta de vida na própria vida, dia após dia.

A falta de força no fraco que olha.
A hora que passa, o tempo que corre,
O corpo que morre, e morto já está.

Quem tira da tumba o defunto é o relógio...
Que toca exato, não liga pros fatos,
Nem como estás.

É tudo tão bruto nesse seu mundo,
É um grande absurdo a vida que leva,
A carne onde mora...

A falta de riso nos olhos que choram,
A falta de choro no resto do povo,
A falta de loucos que deixa assim.

A demasiada sanidade é uma grande maldade...
Que nos confina aqui, que nos condena ao fim,
Triste fim.


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