quinta-feira, 1 de julho de 2010

Pedaços em embaraços




Papel na mão, na outra um lápis e uma saudade...
Você se foi e retornou,
Me arrancou todo um amor.

Me deixou e agora volta...
Como se nada tivesse acontecido,
Como se ainda estivesse vivo.

Com essa volta o que em mim morreu
Ressuscitou, e eu tão dura comigo mesma, 
Já não tenho certeza...

Do que digo, do que sinto, do que faço
Em meio esse embaraço, 
Me deixou em pedaços...

Não sei se o que agora cola tá no devido espaço,
Ou se são sobras do que um dia foi,
E perdido em cacos volta a me atormentar.

Não chora peito o que os olhos vêem
É uma lembrança corrupta, de uma entrega absurda
A quem lhe fez sofrer...

Quem dera eu ter poupado essa dor,
Quem dera eu ser cigana, vidente que não se engana.
Quem dera eu não ter chorado, quem dera ... 

Não tivesse ficado nessa doce espera,
De quem não sabe qual,
O final... Qual?




Um comentário:

  1. quem dera se pudessemos prever...

    de modo claro.

    amei o teu poema e a construção dele!

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