domingo, 12 de maio de 2013

Solidão que anda...



Às vezes o que resta é solidão...
Que chega sorrateira, e me acha fitando o nada.
Como quem estivesse procurando palavras,
Para descrever o que não sabe.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Transformações do querer...




Às vezes meu desejo se aloja nas vontades mais simples...
Foi assim que descobri que o simples nem sempre é fácil,
E o nível de dificuldade torna-se algo tão contraditório...

terça-feira, 7 de maio de 2013

Uma luz no quarto escuro...



E quando a luz se apaga
É que a dor se acende...
Que ofusca a força,
E que desaba a alma.
Que já não se aguenta
Por demais cansada.

É no silêncio cortante
Que dissolve a mágoa...
Que repousa a lágrima,
Que quer se jogar no meio da noite,
Por que se esforçou por um dia todo 
Para não cair, e me machucar.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Acordei do avesso...



Tem dias que a gente amanhece assim,
Meio fora do esquadro, acorda do avesso...
Perde a hora, o fio da meada, a coragem de dar as caras.

Tem dias que a gente amanhece sem rumo,
Sem saber por que acordou...
Veste o colete a prova de balas, palavras, saudades.

Se joga pra dentro de si, se esconde do resto do mundo.
Como se tivesse o direito de morrer um pouquinho,
Como se não fosse comum não entender.

domingo, 5 de maio de 2013

Dias tortos...




Hoje não é insônia...
É tanta coisa, que já não sei ao certo,
O meu cansaço fica calado, diante de todo resto.

Há dias que deveriam ser vividos em parcelas,
Para não pesarem o excesso em nossos ombros...
Há dias que são tristezas, não programadas em nossa agenda.

sábado, 4 de maio de 2013

Nas tentativas...





Eu não tenho por que pensar em nós.
Mas eu penso,  por que penso? Se quase nada sobrou...
Deve ser exatamente pelo gosto de inacabado,
Que desce pela garganta, e ronca na minha saudade.

Cansada, por tanto caminho não percorrido, por tanta estrada deixada,
Pela impotência que sinto toda vez que lembro do que não fiz...
Que ponderei, me achei correta, eu fui teimosa.
Eu me arrependo! 

Me arrependo por não ter te alimentado de ilusões,
Talvez tenha sido de fome que nós morremos...
Eu me arrependo! Por não ter te ligado quando surtei,
Quando o orgulho gritou comigo, me disse "não!", e eu calei...
Talvez tenha sido no silêncio que definhou nosso futuro...
Ali, na dor das palavras não ditas desmaiou nosso querer...
Quem vai saber? 

E é tão nítido o que passou, ainda me lembro...
Todas as vezes que olhei pra trás e fui em frente,
Fui te deixando a cada passo, a cada gota de confiança 
Que eu doei ao esquecimento, mas eu me lembro... 
Não funcionou, não dessa vez...

É saudade que me apunhala, 
É o seu gosto de inacabado que me persegue,
Por mais que eu queira te esquecer. 

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Meu primeiro de maio...



Hoje me dei bronca brava,
Despertei sorrindo, sonhei com você...
Me peguei no pulo, e me condenei.

Não me dou ao luxo, nem que seja em sonho,
Eu não me permito a tanta tolice.
Mas que acordei sorrindo, acordei...
Mesmo não devendo.