sábado, 4 de maio de 2013

Nas tentativas...





Eu não tenho por que pensar em nós.
Mas eu penso,  por que penso? Se quase nada sobrou...
Deve ser exatamente pelo gosto de inacabado,
Que desce pela garganta, e ronca na minha saudade.

Cansada, por tanto caminho não percorrido, por tanta estrada deixada,
Pela impotência que sinto toda vez que lembro do que não fiz...
Que ponderei, me achei correta, eu fui teimosa.
Eu me arrependo! 

Me arrependo por não ter te alimentado de ilusões,
Talvez tenha sido de fome que nós morremos...
Eu me arrependo! Por não ter te ligado quando surtei,
Quando o orgulho gritou comigo, me disse "não!", e eu calei...
Talvez tenha sido no silêncio que definhou nosso futuro...
Ali, na dor das palavras não ditas desmaiou nosso querer...
Quem vai saber? 

E é tão nítido o que passou, ainda me lembro...
Todas as vezes que olhei pra trás e fui em frente,
Fui te deixando a cada passo, a cada gota de confiança 
Que eu doei ao esquecimento, mas eu me lembro... 
Não funcionou, não dessa vez...

É saudade que me apunhala, 
É o seu gosto de inacabado que me persegue,
Por mais que eu queira te esquecer. 

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