domingo, 4 de abril de 2010

Uma mesa de um bar de hotel




Na mesma mesa, mesmo lugar...
Eu continuo a te esperar.
O abre e fecha da porta,
O vai e vem de pessoas...

Continuarei a te esperar.
As mesmas melodias,
O mesmo ritmo de dançar...
O mesmo baile.

Sumiram as notas da nossa canção,
Meu coração saiu do tom...
Já se foi o nosso, o que há de bom...

E eu tenho que me acostumar
A continuar nesse lugar,
Sem te esperar.

sábado, 3 de abril de 2010

Folhas de um outono morto




Como as folhas que caem no outono chegou o nosso fim...
Como as folhas que caem ao chão no outono,
Caiu meu coração por te-lo entregue a ti.

Mais tarde haverá um florescer de primavera com ou sem você...
Eu sei, que vou sorrir e dançar em todas as tardes e sob o luar...
E se a vida é um ciclo, um dia hei de me acostumar com os finais.

Mas vou continuar a colher as pétalas caídas,
Não acho justo que o que um dia foram flores,
Hoje serem folhas pisadas como papel de carta.

Os perfumes que já senti um dia...
Continuaram a ter as mesmas essências vivenciais do passado
Apesar de ter acabado.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Bobo da Corte






Ela pediu uma resposta, ele disse adeus...
Ela balançou a cabeça num sinal de negativo.
De decepção, de coração partido...

Ele fingiu que nada aconteceu...
Como se não tivesse noção de tal atuação.
Ela agradeceu ao mesmo, por tal sinceridade bruta.

Era a menina pura que entregou o coração,
Ao bobo da corte que não tinha intenção.
Ele o bobo da corte, que ganhou um coração,
E não soube dar vazão a imensidão de tal loucura...

Ela carregaria uma dor a mais na imensa bagagem...
Que exausta carregava sob os ombros.
Sabia que iria doer em dias quentes
E em frios dias cairia ao chão...

Mas seguiria com o peso de todas suas intenções.
Com o peso de todo seu mundo...
Ele ficará mais uma vez sozinho,
Com sorrisos falsos e sentimentos vagos.

E gente como eu... 
Mais uma vez deixa de acreditar na beleza do acaso...
E digo isso porque queria eu não ser a tal menina
Arlequina... Arrependida.


quinta-feira, 1 de abril de 2010

Tarde Demais





Ás vezes temos corações em nossas mãos,
E não sabemos cuidar do que nos foi entregue de bandeja...
Deixamos ao léu tal fragilidade.

Talvez quando dada devida atenção,
Joia tão rara tenha sido perdida, em algum beco escuro 
Que lhe havia tirado a visão...

Quando falta luz o invisível nos salta aos olhos...
E pode sim ser tarde demais, pra dizer te amo, pra dizer adeus.
Dê valor as coisas que lhe doam por pura essência.

Amanhã o cristal bruto pode se transformar em joia rara...
E você não soube ver o brilho de sol da manhã, de frio na barriga e bem amar.
Amanhã tudo se foi, você perdeu o tempo do que podia ser infinito.

E quando se acha um ponto, onde deveria haver três, chegou ao final.
O telefone não vai mais tocar, não bateram à porta,
Nem lhe chamaram no fim da noite...

E irá sussurrar aos teus ouvidos o travesseiro...
Infelizmente meu amigo...

quarta-feira, 24 de março de 2010

Sementes



Por trás desse barulho há beleza e borboletas.
Mesmo por trás de toda essa fumaça,
Há esperanças...

Nesse coração regado a lágrimas,
Germinam sementes de formosos frutos,
Do prazer desconhecido a vós.



terça-feira, 16 de março de 2010

Coadjuvante




Quando pequena me achava dona do teatro,
Que o resto era objeto do meu ato.
Hoje parece que sou objeto do palco,
Uma coadjuvante, quase um obstáculo...

Hoje tenho certeza que choro e ninguém vê,
Que morrerei como nasci... Sozinha!
Na melancolia da vida, só é feliz
Aquele que dorme, mesmo sem adormecer.

Que não liga para as mágoas do coração...
Continua amando com a dor, sabendo fazê-la feliz.
Ensina-me a chorar de felicidade,
Porque só me escorrem lágrimas de coração partido.


segunda-feira, 15 de março de 2010

Adeus



Queria calar toda essa dor...
Mas não sei calar  quando grita intensamente.
Não aprendi separar meus contos de fadas, da realidade...
Não aprendi a conviver com príncipe e sapo
Num mesmo conto... No mesmo palco.

Não sei ponderar, nem gostar pouco...
Apesar de saber não gostar
E não gosto de tanto.

Dificulta aceitar a verdade humana, que todos erram...
Que as coisas não são como eu quero,
E que as pessoas me machucam...
Que você me machuca, mesmo sem querer...
E nesse mesmo querer de me proteger...

Desisto de fazer bonito, de suspirar pelos cantos,
E de sonhar acordada...
Porque amar também é chorar, e eu prometi não chorar mais.

Mas antes de renunciar as lágrimas,
Vou deixar levar meus sentimentos
Não queria dizer adeus, antes de dizer que te amo.
Então que assim seja...Te Amo e Adeus.