quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Chuva de letras...




Minha cota derramando...
Escasso tentar de novo
Caindo pelas beiradas,
Da falha convicção.

Lança seu ar dissimulado,
De quem finge não saber
Que eu sou um balde cheio, 
A ponto de transbordar.

Pare de me derramar em gotas! 
Pare de me derramar!
Preciso chorar...

Preciso secar, evaporar.
Preciso esquecer,
O que me enche d'água até a borda.

Preciso esquecer de você...
Lembrar de mim, ser egoísta, 
A ponto de não olhar pra trás.

Preciso correr!
Enquanto é tempo de largar os vícios,
De um teto que nem é meu...
Preciso partir de nós.

Eu vou acreditar no tempo. 
De curar as dores, de esquecer as mágoas, 
De pensar direito nessas direções.
Tempo de desconstruir as duvidas...

Porque eu quero uma certeza,
Embriagada de sobriedade...
Pra não ter que ficar louca,
Quando eu precisar de um chão.

Eu quero não ter que parecer tão abstrata 
Quando eu digo, quando escrevo...
Eu quero poder não ser tão racional 
De vez em quando.

Entendo que meu passo talvez seja largo,
A ponto de perder a companhia.
Mas preciso caminhar,
Mesmo que o caminho seja só.

Sempre fui muito livre... 
E não é agora que me prenderei
A passos curtos, de um ritmo
Que não segue o meu.

Eu vou dançar até cansar, e vou partir.
Eu vou partir quando cansar, 
E vou dançar em outro lugar.

A vida é um cotidiano, 
Mas eu tenho tantos sonhos
Que não podem esperar! 

Desculpa pela minha pressa,
Mas eu quero a perfeição!
Que você não pode dar.

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