quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Abismo



Deitei, não dormi, olhei em volta e despertei.
Eu me perdi em uma trilha de erros que eu criei,
E é tão difícil ver além do ponto onde se está.

Eu não quero repetir os meus erros tão repetidos,
Me vi em volta de medos tão reais...
De histórias épicas, aparentemente tão fictícias.

Percebi o quão vulnerável eu posso ser... 
No tumulto que vem em minha direção como um ímã.
Percebi que não vou a lugar nenhum sem ter certeza.
Percebi que sou compulsiva por certezas,
Certezas essas que eu nunca tive.

Eu percebi que sou completamente insegura,
Por trás dessa muralha de segurança,
Montada a guerras comigo mesma.

Percebi que dentro de um metro e trá lá lá para cima,
E centímetros para os lados, eu sou um pote!
Um pote de sentimentalismo bobo,
Que dói quase o tempo todo, quando não sorri.

Eu descobri que eu falhei ao conjugar os outros.
Por ajudar o tempo todo, eu nunca olho onde estou.
E só agora eu percebi, o quanto de ajuda me faltou,
Por sempre parecer estar tão bem.

Eu acordei no meio de uma queda...
Estou caindo no meu buraco tão egoísta
Faz tanto tempo, mas ninguém viu...
Nem mesmo eu!

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