domingo, 9 de maio de 2010

Matemática Desentendida




Na vaga lembrança que tenho de mim,
Em surtos que me trazem de lá,
Em apses que me trazem pra cá.
Me perco!

Sou o x da questão que me aflige.
Sou um doce que vem da dor,
Tiro alegria de qualquer rancor.

Sou mais do menos...
Sou a soma dos sentidos multiplicados...
A fração da confusão sem múltiplo comum,
Sou igual...Sou diferente de qualquer um...

Quadriculado com um gráfico crescente.
Indefinido... Sou eu um perdido,
Na página do meu lado incoerente,
Sou doente inconsciente.

Em uma matemática sem resultado plausível.
Em uma conta de um individuo divídido...
Sou um matemático na conta de um conto,
Em busca de uma chave que não encontro.

Continuo a vida no infinito ímpar,
Continuo aluno, continuo curinga...
Pois a vaga lembrança que me traz de lá,
Não me dá aqui o lugar de me encaixar...

Quando penso que entendi este grande problema,
O sinal do final é o sinal que me condena...
E depois do meu sinal de igual,
Há só um imenso vazio...

Há um poema que perdeu o ritmo,
Que perdeu o fio, que sumiu o brio.
Há só um vazio... 
Meu imenso vazio.


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