quinta-feira, 12 de abril de 2012

Receio....



Quem sabe um dia...

Quando pular da língua palavras doces,
Dizendo a mim que se apaixonou.
Eu receosa perco a metade de minhas dúvidas,
Que me perseguem tão ligeirinhas...
E te recito aqueles versos, que estão guardados
Na minha tímida convicção...
Que o que manda escrever o coração
Não leva a sério, é sem razão.


quarta-feira, 11 de abril de 2012

Silabicamente errada....






Quando diz o que se sente,
Só é compreendido por quem igual sente...

Vivo trocando palavras,
Do lado contrário do que quer dizer...

A quem ouve, nunca digo coisa com coisa.
Por isso escrevo, cansada de não fazer sentido.


terça-feira, 10 de abril de 2012

Uma das brigas



Fiz versos tão tortos quanto eu...
Cantei ao mundo a alegria que invade,
A janela do meu peito que se abre.
A cada traço de esperança que respira
Nasce no mundo uma boba estrofe que anima.

Os pássaros já não cantam, silenciam...
Só pra ouvir o som sem ritmo do meu dançar.
Não confidencio meus segredos a ninguém,
Mas mesmo assim meu coração trairá tende a contar...

Bate mais alto do que antes eu deixava,
Mas não me lembro em qual momento eu permiti...
Ele desmente saltitante, e sussurra a minha mente,
Uma imagem, um rosto, o nome e aquela voz...

A culpa é dele, diz com ar de piedade o coração 
E eu ordeno, não faça alarde!
Tu já conhece de trás pra frente as facetas da ilusão.

Não me confunda com sua palpitação, 
Sou eu que sonho suas loucuras...
Sou eu que choro quando se fere,
Vivo em guerras por suas cismas,
Vê se aquieta meu coração.



segunda-feira, 9 de abril de 2012

Calculando...



Se eu precisasse ser só uma,
Mataria tantos dos meus pedaços,
Que a sobra não seria eu...

Sou tantas...
Que não chego em uma conta
Que me diga com a soma, o que sou.


domingo, 8 de abril de 2012

Em manutenção...





Quantas vezes eu sai de mim,
Gritei no silêncio, vi passar a vida,
Entrei em nostalgias, quis voltar no tempo...

Quantas dores mais vou deixar brotar?
Quantos sentimentos vou olhar partir?
Junto as amarguras que essa vida junta...

Quantos outros vão me pedir perdão?
Quantas vezes mais vou acreditar ?
Na mudança alheia...

Me bate na cara quem diz ao contrário, é a decepção.
Digo que não quero, faço um fino trato, finjo que acredito...
Mas esqueço logo, volto a confiar, reles coração.


segunda-feira, 2 de abril de 2012

Dança da vida



Na ala dos abandonados eu danço...
Requebro no vazio do silêncio que me move,
Jogando ao vento estilhaços de esperanças,
Que voltam ao pulmão como indigestas lembranças...

Mas não me importo com que doí, passou...
Passando pelo tempo da borracha que apaga,
Vai borrando as nuances de minhas pinceladas,
Demonstrando que não há de ser tão abstrata,
Aos que olham os detalhes tão discretos nessa vista.

Eu diria a meio mundo a ironia do destino...
Mas me assusto com o cabresto dos que andam apressados.
Deixa cá os meu delírios, pois não quero ser crucificada,
Pela má influência da pouca convicção.

Se calar só um pouquinho pode ouvir esse chamado,
É a vida! E vem sorrido neste grande salão...
Te convida para uma dança, a sua mais doce canção.

domingo, 1 de abril de 2012

3º Encontro



Pedacinho de uma das mais doces loucuras...
O cheiro na roupa, os beijos não dados,
Olhares trocados...

A noite correndo com tempo parado,
Coração batendo hipnotizado,
Gargalhadas no ar...

Sinto a brisa que bate no peito não posso negar!
Se espalhou por mim sentimento tão bom,
É de se desconfiar...