quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Uma dose




O impossível depende do tamanho da dose...
Vou vendo, pensando, traçando, e vem... 
Desabafa o turbilhão num trava línguas desengonçado.

Sinto que estou indo, uma forte brisa me leva...
Eu fui falando, falando e me perdendo
Dentro de minhas próprias palavras...
Sílaba por sílaba caindo, em meu esquecimento paranóico.

Descontrole da sanidade, realidade fugindo e voltando...
Imaginação correndo solta... Perdi os sentidos, sentindo demais.
É possível? É possível sim!

Vi pato, marreco, casa de campo, chapéu com fita.
Vi margarida, leão, leão marinho, eu vi golfinho,
E sapato velho desamarrado, me vi maluca do jeito que sou.

Quis até entender um pouco, não dava!
A música entrava por um ouvido e ia direto pra alma,
Sacudia sozinha lá dentro, e me balançava por fora.

Sai correndo de novo...
Pega!!! Pega ladrão de pensamento.
Fugiu, esqueci o que eu ia falar...

Levanto, deito, sento, não paro em um só lugar.
Vou fazendo pra ver se estou fazendo mesmo...
Mas logo que faço me esqueço, e já não sei se fiz.

Lembrei! Estou maluca... Quanta risada dada.
Rindo do que? Sei lá... 
Outro doce pensamento virando fumaça.
Olha lá...


Nenhum comentário:

Postar um comentário