quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Tortura



Me alimento a fim de saciar essa fome.
Não é de pão essa ânsia,
Não é de doce a ganância...

Essa cede não é de água,
Nem é do vinho que me embriaga.
O sono não me tira o fardo de cansado...

Jurava que acabaria tal severa perseguição na fuga,
Mas distante de ti ainda lhe encontro...
Cá nas lembranças que me levam ao teu encontro.

Distantes, tão próximos...
Que em instantes trazem lado a lado, 
A mágoa de um amor mal acabado.

Jurava que na fuga de mim
Me tirava a saudade de ti,
Mas no desencontro, eu o reencontro...

No vazio em que esperava ao me abandonar,
Achei a mesma tristeza do vazio, que me achou
 Depois da perda de lhe amar...

Tentando recomeçar, perdido em meus pedaços,
Lhe encontro integro em meu coração...
No mesmo lugar, a me torturar.




Nenhum comentário:

Postar um comentário