sábado, 6 de fevereiro de 2010

Embrulho sem dono





Ela voltou a escrever...
A inspiração vinha da dor,
Que voltava a apertar o peito.

Ela parou de chorar...
E quando cessam as lágrimas,
É sinal que seco o coração está.

Deixou de sonhar,
E como doía renegar o seu carma.
Sua sina era essa, dormir acordada...

Esperar que seus sonhos
Virassem sua realidade...
Mas o relógio veio despertar.

A verdade era outra, era bruta, 
Covarde, dolorida e desleal...
Sua ânsia era a dúvida,
Que atormentava, dia e noite.

Sua tortura o amor...
Que carregava como um presente,
Embrulhado sem ter a quem entregar.


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